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Acessar aplicativos, informações e entrar em redes sociais com o celular tem se tornado ação comum para pessoas com deficiência física, visual, intelectual e motora. O Blog “Novo Olhar” preparou cinco novidades que contribuem com a rotina destas pessoas.

Confira abaixo:

1) Sistema IOS disponibiliza o Voice Ouver – Um leitor de tela que permite deficientes visuais ingressarem em aplicativos, redes sociais e desta forma alcançam autonomia na rotina de trabalho, estudos e comunicação digital. Ele permite que com toque de tela sejam acessadas informações sonoras sobre o conteúdo que se deseja conhecer.

2) Talk Back – Disponível em sistema Android permite leitura de tela para deficientes visuais. O sistema permite leitura parcial de aplicativos baixados nos smarthphones.

3) Guiaderodas – Alternativa para que ambientes abertos ao público, restaurantes e bares possam se adequar às pessoas com deficiência física. Por meio de questionário os cadeirantes ficam informados sobre ambientes preparados evitando assim constrangimentos.

4) Handtalk – Permite a comunicação com deficientes auditivos. Através de tradução para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). O recurso está disponível em Android e IOS.

5) Aramuno – Facilita aprendizagem de pessoas com dislexia, dificuldades de aprendizado ou deficientes intelectuais. Em um jogo com bolhas flutuantes na tela do celular, uma espécie de palavras cruzadas em que o jogador deve formar palavras com sílabas, ampliar o vocabulário e estimular a aprendizagem através de interface atraente e pode ser baixado nos dispositivos com Android.

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Não consigo imaginar alguém que não goste de escolher suas roupas. É uma expressão poderosa da nossa personalidade e sentimentos – e das mais honestas, diga-se. Escolho as minhas desde que me entendo por gente. No final da minha adolescência, minha mãe ainda teve uma confecção e fui sua Top Model! Senti muita emoção quando me vi em anúncios de revista bacanas, mas não era o que queria para minha vida profissional.

Tomei outros rumos, mas o mais interessante é que voltei a ser modelo por acaso depois que fiquei tetraplégica. Fiz até um ensaio para a TRIP, que foi capa da publicação, uma campanha para a Du Loren e outra para a Bombril que ficaram bem famosas. Experiências muito boas, porém meu trabalho é outro: sou vereadora em São Paulo e presido uma ONG. Minha vida é bem agitada e corrida: compromissos de manhã até a noite, que muitas vezes requerem uma vestimenta mais sofisticada.

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Sempre me preocupo com o que vestir, sem exageros ou neuras. Meu guarda-roupa é do tipo que podemos chamar de clean, com alguns toques de cor. Assessórios são importantes: colares, echarpes, anéis. Mas a atenção especial vai para os sapatos. Adoro botas! Devo ter pares de todas as cores. E os sapatos e sandálias precisam ter sola de borracha em baixo senão qualquer trepidação na cadeira de rodas, lá se vão meus pés, escorregando um para cada lado.

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Posso dizer também que meu estilo é extremamente feminino porque, há cerca de cinco anos optei por usar somente saias por um motivo simples: a praticidade que me dão. Fica mais fácil de vestir e basta levantar quando sinto vontade de ir ao banheiro, já que é sempre alguém que movimenta o meu corpo por mim sem que eu precise participar. Por isso, quando encontro roupas com aberturas, botões ou fechos estratégicos, compro sem pestanejar. Os estilistas não imaginam o quanto esses detalhes facilitam a minha vida e o quanto tachinhas, pedrinhas e outros adereços podem machucar, e muito.

Nos desfiles estas estratégias de praticidade são sempre lembradas pra ajudar a troca para as modelos que correm contra o tempo. Elas sabem bem o que isso, sem a parte do pensar qual roupa vestir. Ainda bem que eu penso já que não posso ajudar nem com pequenos movimentos no vestir. Pareço uma boneca Barbie gigante! Uma vez, em Maresias, estava sentada num daqueles chuveiros de praia sob o fluxo da água. A cena inusitada – um misto de bagunça com atividade de risco – despertou interesse em algumas crianças que se prontificaram a me ajudar. Não demorou dois minutos para elas comandarem as tarefas: “Passa o sabonete no braço”, “Cuidado com o pé dela!”… Virei brinquedo!

Além das facilidades para que o vestir seja uma tarefa e não uma briga, outro fator importante para quem fica muito tempo sentada como eu, é o tipo de tecido. A lycra, por exemplo, não permite a respiração da pele. O algodão é mais adequado. Hoje, há uma infinidade de opções de tecidos que facilitam a transpiração e não amassam – outro item importantíssimo. Sou carregada para entrar e sair do carro. A roupa tem que agüentar e não ficar parecendo que foi tirada de dentro de uma garrafa! E, nestas transferências, a prática saia vira vilã: dependendo do corte, o bumbum e as lingeries bem escolhidas pra combinar com a roupa (não consigo não fazer isso!) são de todos!

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Também não gosto que a roupa seja muito folgada senão fico parecendo um saco de batatas jogado na cadeira. Gosto de mostrar o corpo. Uso cinta, pois além de preservar a coluna reta e a musculatura do abdômen, ajuda na postura e facilita a respiração, já que tetras como eu possuem a respiração basicamente diafragmática.

Não é porque quebrei o pescoço que não me preocupo em me vestir bem. Assim como as pessoas cegas não querem sair com uma meia de cada cor ou sem combinar a calça e a blusa. Somos cerca de 18 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. No mundo são 600 milhões. Não dá para ignorar um público desta magnitude que deseja consumir. Por isso, vale a pena prestar atenção nos inúmeros elementos alternativos e trazer todo mundo pra sua grife.

Mara Gabrilli, 42 anos, é publicitária, psicóloga, ex-secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Deputada Federal. Preside o Instituto Mara Gabrilli, ONG que apóia atletas com deficiência e fomenta pesquisas científicas. Há 22 anos sofreu um acidente de carro, passou cinco meses internada – dentre os quais dois em respirador artificial – e recebeu uma nova condição para a vida: a impossibilidade de se mexer do pescoço para baixo. Foi Trip Girl na Trip#82. Ainda escreve uma coluna para a revista TPM e comanda o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos na Eldorado AM.

Seu site: www.maragabrilli.com.br

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Muitos não sabem, mas o consultor de imagem Alexandre Taleb tem um livro publicado sobre um assunto muito admirável. “Somos todos diferentes” é um livro infantil sobre inclusão social.

entrevista-com-alexandre-taleb-sobre-seu-livro-somos-todos-diferentes-editora-camelo-2009-inclusão-social-deficiência-mara-gabrillli-entrevista-por-marina-khouriSomos todos diferentes – mas nossos direitos são iguais, por Alexandre Taleb |Ilustrações por Ruy Lukon | Editora Caramelo, 2009

Uma gatinha charmosa que gosta de tomar chá, na xícara, de canudinho… Um macaco todo alegre que adora suco de jiló… Um divertido sapo que sempre usa dois relógios… O que esses simpáticos animaizinhos têm em comum com milhões de crianças em todo o mundo?

Eles têm algum tipo de deficiência física, intelectual, visual ou auditiva – e também muita personalidade! As necessidades deles são diferentes, mas seus direitos são iguais aos de todas as crianças: ir à escola, passear, brincar e ter muitos amigos!

Confira o pequeno bate-papo com o Alexandre, que esclarece como o lançamento do seu primeiro livro (e infantil!) surgiu:

Como surgiu a ideia de escrever um livro? Já pensava, primeiramente, que seria para o público infantil?

ALEXANDRE TALEB > A ideia surgiu na época em que eu estava trabalhando com a deputada Mara Gabrilli, que é tetraplégica. A questão era abordar a inclusão social, não tratando como uma diferença; todos nós somos iguais e temos os mesmos direitos.
Na verdade, eu sempre soube que seria um livro infantil!

Lançar um livro requer uma dinâmica de escrita, pesquisa do conteúdo, envolvimento com o tema e o público, e uma parceria com uma editora. Como estas questões foram para você?

ALEXANDRE TALEB > Foram, de certa forma, simples. Trabalhava diretamente com a Mara, que vivia intensamente entre crianças com deficiência, o que me conectou com o tema e o público infantil. Já em relação a editora, assim que apresentei a ideia para a Camelo, toparam na hora!

Depois de 6 anos do lançamento do “Somos todos diferentes”, qual é a relevância que o livro trouxe para você ao longo deste período?

ALEXANDRE TALEB > Escrever um livro sobre inclusão social para crianças, pessoalmente, foi muito importante. Sobre esta questão, vejo que o olhar para o próximo sob as diferenças de cada um é uma característica de adultos com preconceitos e tampões nos olhos; para mim, as crianças veem tudo de uma forma única.

“Quando uma criança concebe seu mundo percebendo que ser diferente é algo normal, ela não forma aquelas barreiras de atitudes que nós adultos tanto lutamos para derrubar. Portanto, contemplar a diversidade é a nossa missão desde os primórdios.”
Vereadora Mara Gabrilli sobre “Somos todos diferentes”

“No mundo de hoje, ser igual é tão importante quanto ser diferente. Diante de Deus todos os homens são iguais e diante dos homens todos são difentes. O que realmente importa é ser autêntico.”
Dorina de Gouvêa Nowill sobre “Somos todos diferentes”

Prezados leitores
Há dezoito anos quando Mara Gabrilli fundou o Instituto Mara Gabrilli (IMG) o objetivo era transformar a vida das pessoas com deficiência que não tinham as mesmas condições e oportunidades que as dela.
Hoje, Mara fica muito feliz em ver este sonho realizado , o IMG através do projeto Cadê Você? Já atendeu mais de 3 mil pessoas nas comunidades carentes da Cidade de São Paulo. São pessoas que recebem em um dia a orientação , a atenção e o carinho que muitas vezes nunca receberam em suas vidas.
Para continuar este trabalho o Instituto precisa da sua ajuda.
E aí, pessoal?  Venho aqui fazer um pedido pra vocês: conheçam o projeto Cadê Você?  O projeto é desenvolvido pelo Instituto Mara Gabrilli e atende pessoas com deficiência na periferia de São Paulo. O projeto é muito importante, mas eles precisam de ajuda pra fazer acontecer!  É só entrar no site e colaborar com qualquer quantia.

http://www.kickante.com.br/cadevoce
Muito obrigado
Abraços, Alexandre Taleb

Informações:
Mara Gabrilli
www.maragabrilli.com.br
facebook.com/maragabrilli

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Segue link e informação da camiseta “at” Alexandre Taleb.
Fui convidado a assinar uma linha de camisetas da Tgreen, cujo lucro será destinado ao Instituto Mara Gabrilli (IMG), ONG que apoia pesquisas e o paradesporto (atletas com deficiência). Link para compra: http://tgreen.com.br/colecao-at.html

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Compartilho aqui palavras de Mara Gabrilli, sobre a camiseta onde assino!
Coleção at. Versatilidade, bom gosto e inclusão
Algumas pessoas passam por nossas vidas e só deixam coisas boas. O Alexandre Taleb é assim. Conheço desde criança e trabalhei com ele durante um bom tempo, quando foi meu assessor e trabalhou com pessoas com deficiência, inclusive escrevendo um livro infantil sobre o tema.
Arrojado, mudou totalmente sua área de trabalho quando resolveu atuar em consultoria de imagem. Hoje, também como personal shopper do Iguatemi, ele ainda mantém os pés nas “raízes inclusivas” e vai assinar uma linha com três camisetas da Tgreen, cujo lucro será destinado ao Instituto Mara Gabrilli (IMG), ONG que fundei em 1997 com o nome de Projeto Próximo Passo com objetivo de apoiar pesquisas e o paradesporto.
Hoje, graças ao engajamento e apoio de várias pessoas, o Instituto Mara Gabrilli (www.img.org.br) cresceu e executa projetos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida de muitas pessoas com deficiência, atuando nas áreas de esporte paralímpico, acessibilidade cultural, orientação para pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade e pesquisas para cura de paralisias.
Podemos dizer que a moda sempre foi uma vitrine para a diversidade humana e o seu mercado também uma ferramenta de inclusão. Fico feliz em saber que agora conseguimos unir tudo isso em prol de projetos que podem trazer mais dignidade e beleza à vida de muita gente.
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