Uma das grifes dos gramados do Interior ganhou toque fashion. Maior artilheiro do Gauchão em atividade, 106 gols, Sandro Sotilli virou nome de loja em Pelotas, no sul do Estado. É a Sotilli Moda Masculina.
Na loja 23 da Galeria Zabaleta, no Centro da cidade, o camisa 9 do Pelotas montou um espaço dedicado a peças sociais, casuais e alto esporte. Um pouco do seu estilo de vestir está pendurado nas araras.
Aos 36 anos, 37 em agosto, Sotilli é um artilheiro vaidoso. Em campo, adota uma faixa amarela na cabeça para evitar que os cabelos loiros e descoloridos atrapalhem sua visão. Fora, usa tênis, jeans e camisas justas. Ainda pendura uma corrente de ouro no pescoço.
– Sou uma pessoa pública, identificado com uma torcida. Preciso andar bem arrumado – sorri o centroavante.
Com razão. Duas vezes artilheiro do Gauchão, campeão estadual pelo Juventude, com passagens por Inter, pelo futebol chinês (Peking e Xian) e mexicano (Necaxa e Jaguares), Sotilli é referência no Interior. Tanto que, mesmo sendo ídolo da torcida do Pelotas, conquista o respeito dos rivais xavantes.
A relação com o Pelotas, clube que ajudou a retornar à elite em 2009, e o nascimento recente da filha Yasmin convenceram o jogador a investir na cidade – longe de suas origens, em Rondinha, no Noroeste gaúcho. Com a mulher, Daniela, e mais uma sócia, abriu a loja da qual também é o próprio garoto-propaganda. Sotilli ataca de empresário e pavimenta o caminho para a aposentadoria, marcada para começar em 2013, aos 40 anos.
Uma das promoções da Sotilli Moda Masculina ajuda o Pelotas na caminhada neste Gauchão. Quando o time vence, os jogadores escolhem o melhor em campo e o destaque da comissão técnica. A dupla eleita passa na loja e sai de camisa nova.
– Se seguir passando de fase, vai ter desfile. A Sotilli Fashion Week – brinca o centroavante.
Ao final da participação do Pelotas no Gauchão, o atacante deixa a loja com os sócios e faz as malas para disputar a Segundona pelo Brasil-Fa. Em julho, ele retorna à Boca do Lobo, com planos de ficar ao menos até o próximo Gauchão.
Fonte: Zero Hora – Guilherme Mazui
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