Alexandre Taleb, consultor de imagem acredita que os homens estão cada vez mais vaidosos e finalmente perderam a vergonha na frente do espelho.

Já faz muito tempo em que só usavam o espelho para fazer a barba.

Os homens estão cada vez mais vaidosos, é uma verdade. Ainda não há muito tempo a preocupação com o corpo, a beleza e a estética eram domínios exclusivos da mulher. Os homens mal falavam disso, quanto mais usar cremes, fazer depilação ou recorrer à cirurgia estética para corrigir algum defeito ou simplesmente sentirem-se mais jovens. Agora, preocupam-se com as imperfeições do rosto, com os sinais de envelhecimento, com as gordurinhas na barriga.

Nos dias de hoje o tema passou as fronteiras do feminino e machões de todas as idades vão perdendo a vergonha e os preconceitos, assumindo abertamente a sua vaidade.

Cuidar da aparência já é possível sem que isso considere o “pouco homem”. A atitude da sociedade é mais permissiva e menos discriminatória, mais saudável em suma.

Esta abertura não é gratuita. Decorre de outras modificações da sociedade, como a do modelo de família e do papel da mulher, por via da sua inserção no mundo do trabalho.

A publicidade e a comunicação social têm sido os motores dessa evolução, ao veicularem novos modelos de beleza masculina. Nos anúncios, os homens são elegantes, bem vestidos, cuidados e acima de tudo trabalham, tem família, e uma vida agitada.

Um exemplo a seguir, sem pudores numa sociedade que, além disso, se rege por um forte culto do hedonismo, do narcisismo.

A aparência deixou de estar associada a um modelo rígido do que é um homem e do que é uma mulher.

Definitivamente, a identidade do gênero já não é simplista: os homens usam brincos, as mulheres vestem calças e hoje encontramos mulheres com camisinhas na bolsa. Está aberto o campo da “transgressão”…

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