Acaba de ser inaugurada a mais nova exposição do MAB Faap, com uma histórica reunião de fotografias de Erwin Blumenfeld.

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“Blumenfeld Studio: New York 1941 – 1960” joga luz sobre um dos fotógrafos mais influentes do século XX, Erwin Blumenfeld (1897 – 1969), e os trabalhos mais relevantes de sua carreira. Autor de extensa produção em 35 anos de trabalho, Blumenfeld ganhou a atenção mundial no pós II Guerra nos EUA, em um contexto de crescimento econômico e de dinamismo da imprensa.

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Organizada pelo Museu Nicéphore Niépce, localizado na França, por seu diretor François Cheval, e com curadoria de Nadia Blumenfeld, neta do artista, e cocuradoria de Danniel Rangel, a presente exposição celebra a produção realizada em seu estúdio no Central Park e reúne obras do pós-guerra (fotografia de moda, campanhas publicitárias, retratos de personalidades, cartazes de propaganda e trabalhos experimentais reconhecidos pelos avanços técnicos para a época). A mostra apresenta ainda mais de noventa impressões, totalmente restauradas em cores, recortes de publicações originais e filmes de moda raramente vistos, datados do início dos anos 1960.

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A exposição já foi apresentada na França, Alemanha, Inglaterra, Itália e China e agora a produtora Mega Cultural traz ao Museu de Arte Brasileira (MAB) da FAAP, com patrocínio da Dafiti.

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A visita à “Blumenfeld Studio”, sem dúvidas, é um programa que deve ser feito por estudiosos e apreciadores de fotografia e moda. No entanto, a exposição nos oferece mais do que imagens e história da moda, temos uma inserção na sociedade de décadas passadas, tornando possível lembranças, interesses e dúvidas, e, principalmente, aprendizado.

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Blumenfeld Studio: New York 1941 – 1960
MAB Faap > Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo
(11) 3662 7198
De 29 de outubro de 2014 a 18 de janeiro de 2015
De terça a sexta-feira, das 10h às 20h. Aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h.

A nova temporada da VR buscou referências no lifestyle do homem urbano, que tem o hábito de viajar como um dos maiores prazeres em seus momentos de lazer.

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O verão 2015 da VR traz a linha Premium como grande aposta da marca, com itens clássicos da alfaiataria masculina em tecidos nobres e importados. Detalhes como o acabamento de silicone nas camisas proporcionam brilho, toque suave e trazem atualização e novidade a essas peças.

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A linha Office propõe itens essenciais para o guarda-roupa masculino para as ocasiões menos formais. São itens elaborados em uma combinação de fibras de algodão com tecidos nobres, mantendo o aspecto de alfaiataria, sem perder o conforto e a qualidade de corte e caimento. As cores nesta linha são mais sóbrias; aparecem tons de cinza, azul, petróleo, sem deixar de lado o preto e o branco.

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A linha VRDENIM traz tons de azul, com forte inspiração no tingimento do índigo, além de cores como uva, verde menta, azul turqueza e avermelhados. O xadrez Vichy vem em novas combinações de cores e as camisas ganham modelagem atualizada. Destacam-se calças e bermudas color, em lavagens diferenciadas, além da técnica de deep-dye (semelhante ao tie dye), que surge em polos em diferentes combinações de cores.

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Nos acessórios do verão 2015, a linha de footwear é renovada e oferece modelos clássicos (como brogues e oxfords) com toques de modernidade – solados exclusivos, solas mais altas em cores contrastantes. Os materiais variam entre couros nobres, neoprene e nylon em diferentes itens como carteiras, bolsas e cintos.

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www.vrsaopaulo.com.br

Look do dia

Para o verão 2015 camisa de linho com estampa floral ou bicho será uma grande tendência.

Hoje coloquei calça e camisa de linho, com estampa de pássaros.  Nos pés um mocassim driver.

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John Varvatos, estilista norte-americano que vem trazendo o conceito mais forte de pop a cada temporada, tem muito a nos ensinar!

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Sua última coleção foi o Summer 2014 estrelada pela consagrada banda de rock Kiss. Mas esta parceria de peso já foi vista em  estações passadas –  nomes como Jimmy Page, Dave Matthews e Willie Nelson vestiram criações de John em fotos promocionais.

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Começamos a usar músicos famosos em nossos anúncios em 2005. E eles se tornaram um fenômeno” — explica o estilista, que costuma ouvir música o dia inteiro, até mesmo quando precisa decidir os rumos de suas futuras coleções.

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Música é um grande estímulo. Há muitas bandas que eu amo (Led Zeppelin, The Stooges e The Who estão na lista). No momento, a minha favorita é The Black Keys. É incrível“.

pop-rock-john-varvatos-musica-moda-estilo-criacao-colecao-famosos-estrelas-nova-york-milao-alexandre-taleb (6)Americano de Michigan, Varvatos lançou sua grife homônima há 14, com um desfile em Nova York, cidade onde vive. O estilista rapidamente foi abraçado pela indústria da moda, sendo premiado, inclusive, pelo Council of Fashion Designers of America (CFDA) — o primeiro prêmio chegou em 2000, ano em que fez sua estreia solo.

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Desenho para homens que não seguem as regras e que não estão interessados em tendências, mas em criar seu próprio estilo” — justifica o estilista, que costuma buscar inspiração em filmes, na arquitetura e em brechós. “Procuro o frescor“.

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http://www.johnvarvatos.com/

Em 1989, o documentário “A Identidade de Nós Mesmos”, dirigido pelo conceituado diretor alemão Wim Wenders – presidente da Academia de Cinema Europeu, em Berlim, desde 1996 – foi lançado a partir de uma encomenda da Centre National d’Art et de Culture Georges Pompidou, que requisitava um filme sobre moda.

Netebook on Cities and Clothes (1989)

O diretor admite-se perdido em relação ao tema a ser abordado, encontrando no questionamento filosófico respostas subjetivas sobre o ato de ser, mais do que isso, ser único. O estilo de produção de Wim é reflexivo e, ocasionalmente, abstrato. A narração que temos no prefácio do filme levanta “a identidade” como algo visceral que, mais tarde concluímos, ser o único exemplar, o documento original, ou seja, não há cópia alguma do que foi produzido em um conceito, uma natureza e uma identidade própria (autoral).

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A moda vai tornando-se compreensível para o diretor na medida em que é comparada ao cinema como um “caderno de anotações sobre o que existe e merece existir”. Os dois mundos para Wendersmovem-se constantemente divididos entre aparência e realidade”. Assim a relevância deste tema é a mesma de qualquer outro já produzido ou imaginado por ele, pois trata-se, simplesmente, de comportamento humano; um reflexo social de significância primordial para se ter arte.

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Neste momento temos o encontro de Wim Wenders e Yohji Yamamoto. O encontro é real, passando por algumas visitas do diretor a Tóquio, mas, em especial, conceitualmente falando. Wim constata factualmente o trabalho de Yohji como arte, estando seu produto (roupa/marca) inerente à poesia artística com simplicidade e contemporaneidade.

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O conceito à frente da prerrogativa atual da sociedade é uma característica gritante no trabalho de Yamamoto. Percebemos que isto é um produto reflexivo, principalmente, do passado – “Eu vivo o presente arrastando o passado. (…) Não confio no futuro”, diz o estilista.

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O documentário caminha aos passos da produção da nova coleção que seria lançada pela marca naquela temporada. Participamos do processo de pesquisa, criação, confecção, prova e apresentação das peças de forma calma e argumentativa. Conhecemos preciosidades como os livros antigos de fotografia de Yohji, símbolos puros de inspiração, que retratam pessoas de diversos lugares do mundo, despertando a observação atenta, a contemplação e a curiosidade. O estilista japonês conta como a gola do casaco que Jean-Paul Sartre usava em uma fotografia feita por Henri Cartier-Bresson o inquietou e foi incorporada às últimas peças. Outro exemplo é o retrato de um homem em traje simplório de alfaiataria, com um olhar penetrante e mãos nos bolsos, realizado pelo fotógrafo August Sander no início do século XX, que, de acordo com Wenders, é, sem dúvidas, a imagem favorita de Yohji.

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O estilista ainda discute sobre a identidade de suas cidades favoritas do mundo, Paris e Tóquio, caracterizando as mulheres de cada um em relação a fatores histórico-culturais, rotina, necessidades etc. Suas criações levam em conta a singularidade destes fatores, admitindo não conseguir generalizar o público de sua marca, que só são colocados em intersecção quando se trata da essência, ou seja, a reflexão e a experiência.

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Sob o preceito de que a simplicidade é o segredo da beleza durável, a estética da marca Yohji Yamamoto é minimalista. O toque (textura) e as formas estão como ponto de partida para toda criação, preservando a sensação acolhedora e as linhas assimétricas. “Assimetria é sinônimo de beleza para mim”, aponta o estilista. Sobre cores, Yohji destaca a quase totalidade do preto em sua coleção, como forma de deixar de prestar atenção ao externo (cor) e dar profunda importância à essência (formas).

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Wenders diz, concluindo o filme, ter guardado “o melhor para o final”. Sua cena favorita, capturada durante todo o tempo que passou com Yohji e sua equipe, foi um singelo momento de trabalho em conjunto, a qual mostra vários jovens e velhos funcionários da marca ao lado do designer, discutindo, aprendendo e produzindo em igualdade. É um momento de compartilhamento, humildade e simplicidade, representando um paradoxo ao mundo da moda, caracterizado pelo individualismo, egocentrismo e competição.

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Finalizamos “A Identidade de Nós Mesmos” com um legado de respeito, generosidade e conscientização da particularidade de cada um ao nosso redor e, de forma mais geral, do mundo e o que nele está inserido. Yohji Yamamoto coloca como verdade absoluta a integridade humana, sendo nós responsáveis por cada um de nossos atos. E Wim Wenders deixa seu caráter filosófico como uma recorrência ao espectador, apresentando e documentando incrivelmente o que vale a pena ser na moda, no mundo, na humanidade.

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Documentário “A Identidade de Nós Mesmos”

(título original: “Aufzeichnungen zu Kleidern und Städten” | título em inglês: “A Notebook on Clothes and Cities”)

Ano: 1989

Diretor: Wim Wenders

País: França (Paris) e Japão (Tóquio)

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