O paladar do brasileiro para bebidas tem se sofisticado ano após ano. De agosto de 2013 ao mesmo mês deste ano, o consumo local dos rótulos de uísque mais caros, por exemplo, com preços superiores a R$ 200, cresceu 95%. As vodcas de luxo também viram os indicadores de compra subirem 25% para as garrafas a partir de R$ 50. Os dados são do Instituto Nielsen e chamam a atenção para o potencial do mercado brasileiro para produtos upscale.

E é de olho neste segmento que a multinacional francesa Pernod Ricard tem justificado seus investimentos no portfólio de bebidas de luxo. Chamado de Le Cercle, ele reúne rótulos prestigiados. No Brasil, fazem parte deste círculo os uísques Chivas, Ballantines e Royal Salute; o single malt The Glenlivet; as champagnes Mumm e Perrier-Jouët, a vodca Absolut Elyx e os cognacs Martell, entre outros.

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Karen Ehrlich, Group Manager do Le Cercle no Brasil, acredita que o brasileiro tem buscado diferenciação e reconhecimento de status à mesa. Ao escolher o uísque para receber os amigos, ou o champagne para a festa de aniversário, os consumidores locais têm mirado nas marcas mais identificadas com a “ascensão social” implícita ao consumo. De imediato, eles também almejam conhecer mais das nuances de cada bebida, sedentos que estão por mais conhecimento.

Eles têm mais dinheiro, mas querem se sofisticar intelectualmente também” – afirma Karen.

À seguir, a executiva fala sobre este novo approach junto ao consumidor de bebidas premium, o novo código de sucesso identificado com os mais jovens e as estratégias da Pernod Ricard para o novo ciclo 2014/15, começado em junho passado.

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Confira!

Como avalia esse crescimento no interesse do brasileiro por bebidas premium?
Karen Ehrlich: Existe uma grande tendência de premiumização em várias categorias de bebidas, mesmo com o País crescendo em uma velocidade não tão grande. Uísques que classificamos como 12 anos +, por exemplo, tiveram consumo 20% maior do que em 2013. Como é uma categoria que envolve status, quando há uma melhora econômica no bolso do consumidor, a tendência é que ele premiumize. Mesmo o consumidor de classes B e C procura estas bebidas, principalmente no final do ano, com o recebimento do 13o salário.

Qual o perfil deste novo consumidor? Há um denominador comum?
KE:
Temos grupos de consumidores de alta renda, mas também aqueles que aspiram a isso. E não são, nem um, nem outro, necessariamente experts da bebida que estão comprando. São pessoas que começam a entender um pouco mais, a aprimorar o paladar e a buscar um status diferente pela bebida.

De que forma a Pernod Ricard tem buscado atingir a este novo cliente?
KE: Temos uma estratégia de criar uma experiência diferenciada, que chamamos de brand education: levar um pouco mais de informação da marca aos consumidores fora do eixo Rio-São Paulo. Jantares harmonizados com uísque, por exemplo, com o master destiller Eduardo Rotella, para grupos destes novos consumidores. Eles têm mais dinheiro, mas querem se sofisticar intelectualmente também.

Quais as regiões de maior apelo das marcas Le Cercle?
KE: São Paulo e Rio de Janeiro são os pólos de consumo deste portfólio. Já Nordeste consome mais uísque, inclusive os de maior valor. O Centro Oeste também vem crescendo em vendas. E nestas regiões, quando você faz aulas ou degustações, o público recebe bem e responde imediatamente. É um consumidor carente de mais informações sobre os produtos e suas histórias.

A champagne Perrier-Jouët se tornou referência de bom gosto em eventos pelo País. Como este resultado foi alcançado?
KE: A Perrier-Jouët é uma marca-boutique, que não quer estar em qualquer lugar. Temos este cuidado grande com a distribuição, ativando a marca com públicos bem nichados. Então, por exemplo, sabemos da afinidade dela com o público de arte, começando pelas garrafas, desenhadas por Emille Gallé e, recentemente, por Vik Muniz. Então, essa conexão interessa a marca, e efetivamos a presença da Perrie-Jouët em diversas vernissages.

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O mercado de champagne é mais desafiador no Brasil do que o de uísque, por exemplo?
KE: Sim. É um mercado que não cresce em volume desde 2012, e quem não investiu em construção de imagem, teve de deixar as gôndolas. O brasileiro ainda compra muito mais pela marca do que pelos diferenciais do produto. As pessoas não conhecem o champagne em detalhes, não sabem diferenciar do espumante, entender a qualidade. Por isso, decidimos ter uma sommelier no time, a Fabíola Soares, que faz o trabalho de promoção da marca e, ao mesmo tempo, entrega um pouco de conteúdo.

Quais as metas da companhia para o ciclo 2014/15?
KE: Esperamos um aumento de 10% no faturamento interno. Porque este é um dos países que o segmento luxo, com classes A/B expandindo o seu consumo, cresce em ritmo forte – independente dos indicadores econômicos.

E qual bebida será estratégica para se alcançar esta meta?
KE: O Chivas 12 anos. A ideia é investir na marca e sua relação com o sucesso pessoal. Nosso alvo é o novo consumidor entre 25 e 35 anos para quem o sucesso deixou de ser acumular dinheiro. É um desejo de empreender muito forte, mas com impacto social positivo. Isso está no DNA de Chivas. Hoje, este é o símbolo do sucesso, muito mais do que olhar para alguém que virou CEO de uma empresa e sua vida de resume a isso. A campanha será global e contará histórias de empreendedores com este perfil mundo afora. O ator Marcos Palmeira, que se destaca por sua fazenda de alimentos orgânicos, foi o embaixador escolhido no Brasil.

A Pernod acredita no incremento do consumo por esta associação?
KE: Acho que tem uma questão de identificação. A marca que se coloca na mesa é a que você se identifica e que projeta os seus valores de alguma maneira. Para esta geração jovem, o empreendedorismo é muito relevante. No final, estamos projetando pessoas de sucesso neste modelo atual. E essa identificação acaba gerando resultados positivos no consumo.

É uma estratégia ousada de atração de novos clientes, não?
KE: Sim, porque não queremos construir uma marca se alavancando na tendência de show off: ‘agora que tenho dinheiro, vou usar produtos com logo brilhantes’. Sempre procuramos trazer experiência e conteúdo junto ao consumo de nossas marcas de luxo.

* Entrevista realizada por Fabiano Mazzei para o portal B|Luxo

Atualmente, não é impensável dizer que muitas pessoas passam mais de 5h/8h por dia usando fones de ouvido. E em quase 100% dos casos, as pessoas admitem que esta experiência poderia ser aprimorada se tivessem um fone de encaixe perfeito.

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Esta é a prerrogativa da marca americana Normal, fundada pela designer Nikki Kaufman, que, a partir de uma conclusão do dia a dia, resolveu investir em um serviço de alta performance, resultando em um produto exclusivo e “perfeito” para você. A partir de técnicas em impressão 3D, a empresa garante a criação de um fone de encaixe excepcional e qualidade indiscutível de acordo com suas próprias medidas, no caso, as formas e medidas da sua orelha.

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O primeiro passo é baixar o aplicativo da marca. Em seguida, nele você fará fotos das suas orelhas, assim, os profissionais as transformaram em renderings, uma espécie de molde em 3D, que é encaminhando para a impressora, igualmente, 3D. A empresa produzirá seu fone sob medida e lhe entregará em 48 horas.

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Vale lembrar que, através do aplicativo, você pode customizar seu fone e acompanhar o pedido também.

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Caso o resultado não tenha sido 100%, sem problemas, a Normal garante seu produto de qualquer forma. Novas fotos, se necessário, serão tiradas, novos moldes e impressão serão feitas – sem custo adicional algum – para que um segundo produto seja produzido.

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O serviço proposto pela Normal é de excelência, proporcionando o melhor de um produto sob medida – exclusividade e qualidade.

O valor dos fones é de U$199. E, para quem estiver em Nova York, visite a loja-fábrica da Normal: 150 West 22nd Street, NYC.

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www.nrml.com

Assista ao vídeo promocional dos earphones da Normal aqui.

Leia a entrevista exclusiva, realizada pelo portal “3D Print.com”, com a fundadora e CEO da Normal, Nikki Kaufman, aqui.

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Economista por formação e músico por deleite, conheça melhor o designer de joias Jack Vartanian, cujas criações vestem importantíssimos nomes, como Gisele BündchenAnne Hathaway, Natalie Portman e Rachel Zoe.

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Jack finalizou em 2013 a pós-graduação em gestão que fazia em Harvard desde 2010. Na bagagem, ele trouxe de volta um desenho mais detalhado do plano de internacionalização de sua marca, o que inclui mais dez lojas nos Estados Unidos. A expansão no exterior vem acompanhada de um duro discurso sobre a realidade da economia brasileira e do mercado de luxo nacional.

Confira esta ótima entrevista com o renomado designer contemporâneo, que, para quem não sabe, é também marido da modelo Cássia Ávila.

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Quais as lições aprendeu com esta graduação em Harvard?

Jack Vartanian: O curso, OPM (Owners and Presidents Management), me deu uma visão melhor de gestão, de como usar os números de forma mais assertiva, ajustar o coach para montar equipe, liderança e um desenho mais claro da expansão internacional da marca. Para mim, é complicado conciliar o homem de negócios com o posto de diretor criativo da empresa. No curso eu era o único assim, meio um alien.

Há um interesse crescente pelo design brasileiro no exterior?

JV: É um interesse geral pelo Brasil, não só pelo design, mas pelos grandes eventos que acontecerão aqui. É um pouco burro como o mundo trabalha, em ondas. Não mudou muito nos últimos anos, mas chegou uma onda e todos estão de olho. É meio uma manada: a onda é no Brasil e daí vem o mercado de luxo e suas marcas todas querendo abrir loja aqui. As que chegam, muitas não vão bem. As que estavam, vão melhor, porque já sabem como funciona o mercado aqui. Tem que fazer um transfer price baixo, mandar o produto com preço bem enxuto para cá porque é muito taxado. Enxuto, ele pega um nível de taxa menor e consegue cobrar um preço final que faça a operação andar. Em geral, não são operações rentáveis, são para expansão da marca mesmo, visando o futuro.

Você enfrenta as mesmas dificuldades com seus negócios em outros países?

JV: Não, o Brasil é que é complicado mesmo. A Índia está bem mais desregulamentada, a Ásia em geral está mais aberta aos negócios. A Europa tem alguns países que ainda trabalham de um jeito estúpido, antiquado, como a França.

E como o mercado de diamantes reage a crise na economia mundial?

JV: Quase como o mercado financeiro. Quando você tem um produto que não tem muita dificuldade de mobilidade, é rápida a fuga. Historicamente, foi um mercado muito forte na Península Ibérica, depois foi para a Holanda, Bélgica e agora se concentra em Israel, Nova York, Hong Kong e Índia. Esta era uma discussão boa nas aulas em Harvard. Perceber como os países que desregulamentam mais seus tributos, evoluem, e como aqueles que apostam em modelos falidos ficam para trás.

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E como o economista Jack Vartanian avalia o Brasil neste cenário?

JV: Me formei em Economia mas sempre me interessei mais pelos fatores sócio-políticos. O Brasil caminha porque o consumidor aqui está tão acostumado com essa confusão, e o País tem esse porte e essa vontade do empresariado e dos consumidores que entraram com o Plano Real. O Brasil está sustentado nisso: Plano Real e Bolsa Família, esse tipo de coisa que traz um aquecimento do mercado que não se sustenta, tanto é que as contas não estão fechando. Daí ficam tentando tapar buraco. O problema é claramente a burocracia, os custos trabalhistas e fiscais, é muito claro. Se mexer nisso, é imediata a melhora.

O mercado de luxo brasileiro cresce ano após ano. Que avaliação faz disso?

JV: Os índices são ruins no varejo de luxo. Há uma saturação no consumo, a classe AB está endividada, já tivemos o boom e tem de fazer outro. E não terá outro se não mexer nas questões tributárias. Não se sustenta 30% a 40% de tributação na produção, não no lucro. O lucro você pode tributar como quiser, porque já faturou. Agora tributar a operação, você está sufocando. E quando quiseram tributar demais, como fez a França, tem gente que vai embora, como o ator Gerard Depardieu, que foi para a Rússia. E fez muito bem. As pessoas topam pagar, mas o sensato.

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JV: A Michelle Obama. Porque acho que o mundo está vazio de pessoas que tenham um ideal e trabalhem por ele de forma não corrompida. É como gostaria de ver as primeiras-damas do País.

Acredita que falte uma postura política dessas pessoas?

JV: Sim, e sinto falta disso também na arte. Acho que deveria ser mais engajada de maneira geral. A arte começa desse papel. Sinto falta desse rock anos 1970 e 1980, que proponha discussões e caminhos. Dizem ao artista que é bom para a sua carreira você fazer filantropia na África, mas talvez fosse melhor você ter um engajamento político e questionar: por que aquele país não está funcionando? Quem é o presidente? O que esta acontecendo de errado? E derrubar essa pessoa. Porque a gente fica aqui catando as latinhas na rua para tentar ajudar em alguma coisa, enquanto está jorrando dinheiro para a corrupção no mundo inteiro e ninguém fala nada disso.

Esta discussão cabe ao Brasil fazer também?

JV: Evidente. Acho que não cabe mais numa cidade como São Paulo, tão metida, e um País que está ficando tão arrogante e metido a ser o lugar mais legal do mundo e ter um rio (Tietê) que fede coco! Tudo está errado. Como pode? Você não arruma aqui, seu banheiro está sujo, e você fica arrotando caviar como nação? Acho que o Brasil e o mundo tem um lado muito superficial, uma psicopatia. Virou todo mundo muito bacana e o Brasil está na moda e vira uma mentira. Acho que sim, o Brasil tem potencial, mas tem de usá-lo direito.

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www.jackvartanian.com

@jackvartanian

* Entrevista realizada por Fabiano Mazzei para o portal B|Luxo

Neste sábado (29/nov), o projeto de decoração inovador, Casa 284,  será inaugurado no charmoso bairro Itaim Bibi. À frente da última novidade paulistana estão os sócios Victor Bigelli de Carvalho, Marcelo Duque e Silviane Neno, que comemoram a parceria em um sofisticado coquetel de estréia amanhã.

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A Casa 284 é uma proposta singular, a qual uma grandiosa casa ganha décor sofisticado e assinado por um profissional renomado a cada três meses. Tudo na Casa está à venda ou pode ser devidamente encomendado.

Quem assina a primeira ambientação é Michel Safatle, apontado como uma das revelações da arquitetura, que garimpou peças da Casual Interiores, da linha Butik de Beto Galvez e Nórea De Vitto, antiguidades da loja Cardeal, de Guto Otaviani, e até uma bicicleta da Trousseau. Silviane Neno, uma dentre os sócios, assina também a curadoria das obras de arte expostas nas paredes da Casa.

Um homem viaja o mundo em busca do que precisa, mas só encontra o que procura na volta para casa” – citação do romancista irlandês George Augustus Moore escolhida por Silviane para caracterizar o projeto.

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crédito foto: Romulo Fialdini

A conquista da moradia perfeita não para por aí! No segundo andar da locação está instalada a Special Properties, uma boutique de imóveis de alto padrão, que auxiliará na busca e compra do imóvel ideal do cliente. Com o imóvel comprado, então, o staff da Casa 284 entra em ação e compõe os ambientes de acordo com o lifestyle do comprador.

Para fechar as novidades, jantares mediante reserva poderão ser feitos na biblioteca do local. Alta gastronomia e boas bebidas ficam a cargo do chef Frederico Jayme, com experiência no reconhecido restaurante Noma, em Copenhagen.

Casa 284

Rua Iguatemi, 284, casa 3 – Itaim Bibi, São Paulo

(11) 3071 0569

O que explica a maior motivação das pessoas para encarar uma transição de carreira são as maiores chances de sucesso. Há mais empregos em diferentes áreas do conhecimento.

São Paulo – A essa necessidade de fugir da mesmice, o sociólogo francês Gilles Lipovetsky dá o nome de “don juanismo”, em alusão ao personagem Don Juan, do espanhol Fray Gabriel Telles, o qual conheceu mais de 1.000 mulheres. Para Gilles, o ser humano é um colecionador de experiências e teme que a vida passe sem que ele aproveite as diversas oportunidades (profissionais inclusive) que estão aí.

“Lutamos contra o tédio”, diz ele. Há também entre as pessoas que integram a força de trabalho hoje uma maior necessidade de encontrar satisfação no emprego. Mais que isso, há um desejo de fazer algo que traga felicidade. “Passamos da época em que o trabalho tinha de ser algo penoso”, explica Tania Casado, professora de comportamento organizacional da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).

“Ele é uma etapa importante da vida. Por isso, tem de trazer realização.” Um terceiro motivador de mudança está relacionado ao ideal de sucesso, ou melhor, à angústia que muita gente sente por considerar que não se enquadra num estereótipo de vencedor.

“Atualmente, há um exagero de padrões: você precisa ganhar bem, ser conhecido, ser realizado”, diz a filósofa Bia Machado, professora da Casa do Saber, de São Paulo. “Quem não se enquadra fica desnorteado.” A saída, diz Bia, é fazer um processo de autoconhecimento e pensar a carreira no longo prazo. A pergunta a ser respondida é: “O que é bom para mim e só para mim?”.

Encontrar as respostas para essas e outras perguntas não precisa ser um exercício solitário. As redes sociais são um ótimo caminho para conhecer pessoas que já passaram por esse processo. No LinkedIn, dentro do canal Grupos, digitando “transição de carreira” você encontra pelo menos dez referências para comunidades que tratam do assunto. Uma delas é a Espaço dos Saberes, formada por 71 usuários.

Entre eles, orientadores de carreira da consultoria DBM, de São Paulo, que atua no segmento de outplacement, que nada mais é do que a recolocação das pessoas no mercado de trabalho. Entre seus clientes estão as maiores empresas do Brasil. Elas contratam a consultoria quando passam por processos de fusão ou reestruturação interna, com grande número de demissões.

Há alguns anos a DBM percebeu que mais pessoas, executivos em sua maioria, chegavam ao seu escritório querendo encontrar um novo horizonte de trabalho. Então montou um departamento de orientação de carreira. No último ano, quatro em cada dez clientes optaram por mudar de trajetória. Há dez anos, quando o serviço foi iniciado, de cada dez clientes apenas um tinha interesse em começar em uma nova atividade.

O que explica a maior motivação das pessoas para encarar uma transição de carreira são as maiores chances de sucesso. Há mais empregos em diferentes áreas do conhecimento. Além disso, os empregadores não se restringem apenas à sua região geográfica. A internet permite vender o trabalho além das fronteiras de sua cidade e de seu país.

As empresas também estão menos conservadoras. Os recrutadores aprenderam a reconhecer e a valorizar a diversidade de formação. Um exemplo é o do paulistano Ricardo Figueiredo, de 33 anos. Formado em educação física, ele atuou como fotógrafo profissional, analista e gerente de RH e agora trabalha na área comercial online do Google. Ainda assim, mesmo diante do novo cenário, mudar não é uma tarefa fácil. Requer esforço pessoal e alguma reserva financeira.

A seguir, veja seis cuidados que você deve tomar se estiver pensando em mudar de rumo profissional.

Trocar de área faz sentido se estiver alinhado com seu propósito de vida. Isso exige uma alta dose de autoconhecimento:
Tome cuidado para não fazer um movimento impulsivo. Muitos profissionais tomam decisões apressadas que são fundamentadas em dificuldades pessoais, modismo ou num salário mais atraente. É muito fácil se frustrar nesses casos.
O talento é tão importante quanto o desejo. Portanto, analise com cuidado quais são suas habilidades e seu estilo de vida, e se esses fatores estão em sintonia com a opção em mente.
É importante construir uma outra rede de contatos. Muitas vezes, a nova área possui valores e cultura próprios, que levam um tempo longo para ser aprendidos. Cursos e eventos são boas fontes de informação.
Mesmo que você tenha talento para a nova profissão é necessário avaliar a demanda do mercado e, eventualmente, definir etapas intermediárias para implementar o novo rumo.
Uma transição de carreira gera custos que devem ser considerados. É importante verificar se há recursos próprios suficientes para passar pela fase do aprendizado. Isso irá definir se é melhor deixar o atual trabalho e se dedicar plenamente à construção do sonho, ou ir de forma mais gradual, sem abandonar o emprego.
Trocar de carreira pode ser uma opção ou imposição — nova dinâmica de mercado, inserção de nova tecnologia, reengenharia de sua empresa. É importante ter em mente quais são suas competências e onde você pode aportá-las. Nas próximas páginas, você vai conhecer as histórias de pessoas que mudaram em diferentes estágios da vida. Para cada uma das etapas há itens distintos a serem postos na balança.

O planejamento financeiro também é diferente para cada situação. O consultor Gustavo Cerbasi ajuda a esclarecer o que levar em conta nos diferentes momentos da vida. Siga nosso manual, informe-se nas redes sociais, converse com pessoas mais experientes. Mudar e ser feliz está sob seu domínio. Mãos à obra

Fonte: Exame Abril

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