No mercado financeiro e nas áreas corporativa e de eventos, o automóvel que você estaciona na porta é diretamente proporcional ao sucesso ou não de um negócio. Quem afirma é o consultor de imagem, empresário e palestrante Alexandre Taleb, que ministra inclusive cursos online sobre o tema.
Sua origem é humilde. “Sou filho de comerciantes de tecidos da rua 25 de março. Então desde pequeno acompanhava meu pai e irmãos na loja de tecidos da família. Sempre esperávamos o sábado chegar para podermos ir juntos à loja”, conta.
“Era a diversão da semana. Adorávamos sentar sobre o balcão e cortar tecidos, ouvir meu pai explicar sobre cores e texturas, entender por que um era mais caro e nobre do que o outro… Enfim, fui descobrindo minha paixão e aflorando meu dom de trabalhar com moda e imagem.”
Ao longo de sua jornada profissional, trabalhou com diversos segmentos. “Passei pelo turismo e comércio, até realmente me encontrar na consultoria de imagem. Em 11 anos no mercado da consultoria já atendi mais de 600 clientes, diversas celebridades, como Otávio Mesquita, o jogador Kaká e Roberto Justus, empresas e homens dispostos a otimizar seus resultados mudando apenas a sua imagem.”
“Meu trabalho hoje é transformar o cara em uma pessoa de sucesso. Hoje vou atender um cliente que precisa mudar carro, relógio, sapato, apresentação. Você vai sentar numa reunião”, afirma. Mas para fechar um negócio é preciso ostentar? “Não seria ostentar, são pontos de gatilho muito importantes.”
Diz que teve um cliente que parava seu BMW bem em frente a um portão da garagem de um evento, só para provocar a reação: “De quem é o BMW que está parado na frnete da garagem?” Mudar comportamento, vestir-se melhor e sobretudo usar carros de luxo alavancou a carreira desse cliente.
Com a violência urbana, nem Taleb escapou de possíveis apuros. “Parei em um semáforo na avenida Brigadeiro Faria Lima e vejo um motoqueiro ao meu lado levando a mão a um dos bolsos internos da jaqueta. Pensei que seria assaltado. Mas não! Ele queria tirar foto do carro. Ufa!”
Segundo ele é possível extrair estilo de carros mais baratos, como no caso do Renault Kwid, que já teve teto e retrovisores pintados por diversos proprietários. Pelo sim, pelo não, a imagem da pessoa é sempre muito associada ao carro que ela está dirigindo. “Cheguei a emprestar carros em comodato da Audi e, quando chegava com um R8, fechava qualquer negócio”, diz o empresário, que tem uma conta no Instagram onde mostra diversas formas de se vestir – e vestir inclusive automóveis.
“Desde 2011 trabalho como consultor de imagem. Sou especializado em treinamento para lojistas [diretoria, gerência e vendedores] sobre identificar estilos dos clientes, postura, imagem e etiqueta e treinamento para hotéis sobre postura, etiqueta e imagem pessoal. Também consultoria de imagem para o homem de negócios”, completa.
Segundo ele, “não adianta investir apenas em roupas caríssimas, se não tiver um fino trato, educação e nem o conhecimento da comunicação não verbal do que representa a imagem pessoal no mundo corporativo. O que me move é ver a transformação na vida do meu cliente e ver cada um deles alcançando novos patamares.”
Por aqui ele leciona na Faap e na Belas Artes em São Paulo; JB Academy, OPET e Centro Europeu em Curitiba; UCS Universidade Caxias do Sul em Caxias do Sul no Rio Grande do Sul e Insted em Campo Grande.
Em tempos de pandemia, ele fará um curso online para interessados. Será um treinamento para homens que pretendam se empoderar pela autoimagem. Serão 15 aulas, todas já gravadas, que podem ser assistidas em 30 dias. Em resumo, a gente ensina que não basta tem um carro bom. É preciso ter um comportamento condizente.
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