Era uma vez um diamante azul…

Alexandre Taleb faz matéria com Rafael Lupo Medina,

Você já parou para pensar como uma pedra preciosa  se forma na natureza? A maioria das gemas são compostas de diversos elementos químicos diferentes. Sob altíssimas temperaturas e pressão estes ingredientes se cristalizão e “nasce” a pedra.

O diamante é composto de carbono puro. A maioria dos diamantes são incolores, mas a presença de boro  durante o processo de formação resulta na cor azul.

No caso do diamante HOPE, a cor descrita no certificado do Gemological Institute of America é: fancy deep grayish blue.

No final do século XVII, Jean-Baptiste Tavernier, mercador e viajante frances, adquiriu na região de Golconda (Índia) um diamante bruto azul de mais de 100 quilates e o vendeu ao rei da França Luis XIV. A pedra foi lapidada (o peso atual é de 45,52 quilates) e montada num pingente.

Por volta de 1792, quando a França passava por um momento de “pré-revolução” com o rei Luis XVI e a rainha Maria Antonieta no poder, todas as jóias da coroa foram roubadas, inclusive o diamante azul.

Quase meio século depois, o diamante reaparece na Inglaterra e seu novo proprietário Henry Philip Hope, o batisa com o seu sobrenome.

Em 1909, o joalheiro francês Pierre Cartier comprou o diamante da família Hope para o seu estoque de gemas raras.

Os milionários da época eram os americanos, e a jovem Evalyn Walsh McLean, durante sua lua de mel em Paris, não resistiu quando viu o diamante azul na vitrine do Cartier…

Montado num colar, Evalyn Walsh McLean usou o diamante Hope com muita freqüência, inclusive para distribuir sanduíches aos soldados na época da segunda guerra mundial.

Após a sua morte em 1947, o diamante foi doado ao museu de historia natural Smithsonian, em Washington D.C. onde pode ser admirado hoje !

CV de Rafael Lupo Medina:

O araraquarense Rafael Lupo Medina é arquiteto formado na Faculdade Bela Artes de São Paulo.Sua verdadeira paixão sempre foram as jóias…depois de estudar em Florença e Londres, obteve seu diploma de gemologo no renomado GIA(Gemological Institute of America) de Nova York.

Há mais de 15 anos na capital francesa, Rafael trabalhou na joalheria Bulgari da Place Vendôme e atualmente é conselheiro em joalheria da Cartier Paris.

Para compartilhar sua experiência, o gemologo Rafael Lupo Medina ministra palestras. Recentemente, na Embaixada do Brasil em Paris, falou sobre “Les pierres du Brésil dans la joaillerie européenne”.

Nesta quinta-feira, 17 de junho 2010 as 18h, no Clube Monte Líbano em São Paulo Rafael fará palestra, o assunto é “Diamates coloridos e as czarinas”.

10 respostas
  1. Paola Elide
    Paola Elide says:

    Nossa ! que belíssima pedra, a cor, ao vivo, deve ser espetacular, não sou amiga de diamantes, mas este, azul ! É um show a parte …. sonho de consumo sim.
    Meus sonhos são discretos, viagens agradáveis e este diamante fazem parte deles !
    Bjoooos !

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  2. Reinaldo Matheus Glioche
    Reinaldo Matheus Glioche says:

    Alexandre, parabéns pelo blog. Ele é muito dinâmico, abrangente e bem cuidado. Com toda a justiça você concorre ao prêmio Top Blog 2010 na categoria de comunicação. Essa matéria por exemplo, além da curiosidade que desperta, vem recheada de detalhes que a engrandecem.
    abs

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